Todos os dias, as 17:30 da tarde, eu me sento ao lado da grande janela
do meu apartamento ( no qual eu moro com minha mãe), para ler algum
livro ou mexer no celular enquanto escuto musica, mas de uns meses para
cá, minha atenção tem sido voltada para um pequeno acontecimento que vem
se tornando constante do outro lado da calçada, bem na porta da
floricultura do Sr. Carlos e o mesmo nunca vê, o que eu acho bom, porque
se ele descobrir o que acontece todos os dias na porta de sua
floricultura ele vai ter um ataque, eu tenho certeza que quando ele
descobrir vai sair por ai dizendo, " esses jovens, só me trazem
prejuízos!". Eu diria o mesmo, mas não acho que a falta de uma Tulipa,
vá trazer tantos prejuízos, se bem que são 365 tulipas por ano, enfim,
não vou me preocupar com isso agora, tenho mais coisas para contar sobre
esses pequenos roubos diários.
Primeiramente, eu irei contar um pouco sobre o Sr. Carlos, ele é um senhor de uns 48 anos que todos os dias sai para beber e deixa a loja de flores aberta ( sem arranjar ninguém para cuidar ), existem boatos que a mulher o deixou por não aguentar tamanha negligencia vinda do marido em relação as bebidas, eu não palpito em relação a esse assunto, por que quem me contou isso foi minha vizinha Sra. Alma, ela também é bem doidinha então... de qualquer modo, se os boatos forem realmente verdade, eu não me surpreenderia, aquele senhor, além de ser um "bêbado" descuidado, é um pão duro que cheira a cigarro e cerveja barata.
Por fim, irei falar sobre o nosso ladrão, ele deve ter em torno dos 16 anos, o que seria minha idade, ele está sempre com um moletom preto surrado - no qual ele usa para esconder a flor - e as vezes, quando está muito sol, ele vem com um par de óculos escuros, fora isso, nada de muito interessante. Eu já sei todo o seu caminho, ele sai do metrô, que fica um pouco mais para trás da floricultura, passa pela loja e pega a flor, depois ele entra dentro do cemitério e sai de lá por volta de umas 18:30, 18:40, não que eu estivesse o espionando por todo esse tempo, o que eu não faço, só que seu modo despreocupado em roubar a flor e depois sair andando normalmente, me chamou atenção. Claro, eu poderia ter contado ao Sr. Carlos sobre o fato de ele ser roubado todos os dias e nunca perceber, mas eu nunca o vejo e além do mais, fico enjoado pelo seu cheiro, é muito forte.
Mas acho que o verdadeiro motivo é que eu aprendi a gostar do garoto que rouba flores.
Primeiramente, eu irei contar um pouco sobre o Sr. Carlos, ele é um senhor de uns 48 anos que todos os dias sai para beber e deixa a loja de flores aberta ( sem arranjar ninguém para cuidar ), existem boatos que a mulher o deixou por não aguentar tamanha negligencia vinda do marido em relação as bebidas, eu não palpito em relação a esse assunto, por que quem me contou isso foi minha vizinha Sra. Alma, ela também é bem doidinha então... de qualquer modo, se os boatos forem realmente verdade, eu não me surpreenderia, aquele senhor, além de ser um "bêbado" descuidado, é um pão duro que cheira a cigarro e cerveja barata.
Por fim, irei falar sobre o nosso ladrão, ele deve ter em torno dos 16 anos, o que seria minha idade, ele está sempre com um moletom preto surrado - no qual ele usa para esconder a flor - e as vezes, quando está muito sol, ele vem com um par de óculos escuros, fora isso, nada de muito interessante. Eu já sei todo o seu caminho, ele sai do metrô, que fica um pouco mais para trás da floricultura, passa pela loja e pega a flor, depois ele entra dentro do cemitério e sai de lá por volta de umas 18:30, 18:40, não que eu estivesse o espionando por todo esse tempo, o que eu não faço, só que seu modo despreocupado em roubar a flor e depois sair andando normalmente, me chamou atenção. Claro, eu poderia ter contado ao Sr. Carlos sobre o fato de ele ser roubado todos os dias e nunca perceber, mas eu nunca o vejo e além do mais, fico enjoado pelo seu cheiro, é muito forte.
Mas acho que o verdadeiro motivo é que eu aprendi a gostar do garoto que rouba flores.